quarta-feira, 28 de abril de 2010

México _ um país onde riquezas e diversidades culturais e temporais coexistem As lembranças de viagens se transformam em relatos e outros pensamento

Casa de espelhos (Série _ os atravessadores)



“Este país é, talvez, menos mágico e menos homogêneo do que quer a lenda. Como corresponde a uma sociedade de tantas culturas, há aqui múltiplas formas de fazer frente à morte dos seres queridos, ao sofrimento da agonia, à vertigem do desconhecido. De que maneira os esqueletos e caveiras se converteram em signos do nacionalismo mestiço? Como chegaram os mexicanos a persuadir-se a si mesmos de que tinham com a morte uma relação de privilégio?” (Artes do México, Risas e Cavaleras, n°67, pg56/57, 2003)


Essa contribuição modesta e breve é feita de reflexões, observações, leituras, visitas ao México, vivências, e o acesso relativo a algumas das tradições mexicanas.

O México é um país muito especial e misterioso. Otávio Paz, de certa forma, compara o México à Índia, pela multiplicidade de tradições que existem em ambos os países, embora, evidentemente, bastante diferentes.

No México de hoje em dia, há mais de cinqüenta idiomas vivos, remanescentes das antigas tradições autóctones, como a Tolteca, a Mixteca, entre outras, povos anteriores aos astecas. Estes, dizimados pela invasão espanhola. O México invadido e devastado nunca foi, no entanto, completamente colonizado. A cultura espanhola e européia tornou-se parte imorredoura das raízes mexicanas, porém, é uma entre outras das inúmeras tradições desse povo. As tradições ancestrais sobreviveram escondidas, transmitidas oralmente de geração para geração.

Os livros de Carlos Castaneda são uma das fontes de informação da tradição tolteca, transmitida às linhagens de pessoas, não necessariamente mexicanas, pelo menos nos últimos tempos. Essa transmissão, no entanto, cria uma espécie de família não consangüínea, de laços muito fortes, porém, laços de linhagem de uma aprendizagem de outros jeitos de ver e estar na vida. Outras concepções de vida. Carlos Castaneda abriu a possibilidade de que muitos pudessem conhecer o que antes era restrito a pequenos grupos. Além dele há outras fontes vivas de transmissão, agora abertas às pessoas que as procuram, uma das características de nossa atualidade.

Quem entrar no Museu do Homem, na Cidade do México, poderá se maravilhar com o espaço dedicado à Cultura Tolteca, anterior à Asteca.

Estive no estado de Oaxaca, no “XI° Encuentro de las Mujeres Poetas en El País de las Nubes”, em 2003, quando ouvi poemas declamados na língua mixteca. Naquela ocasião visitamos pueblos, e tivemos a experiência de ouvir outros idiomas falados e vivos. Estivemos em escolas e nos reunimos e trabalhamos com alunos. Os idiomas (ou a linguagem) bastante amplos, são feitos também de danças, cantos, apresentações, roupas, e não só de palavras. Fomos agraciadas com vários espetáculos, apresentados por grupos de jovens.

De nossa parte oferecemos poesia nas escolas, em praças públicas, em ruínas astecas, em igrejas. E também oficinas de poesia. No idioma mixteca, a palavra Mixteca quer dizer Pais de las Nubes.

Para chegar ao estado de Oaxaca tomamos um ônibus fretado, que partiu da Cidade do México, que encontra-se por volta de 3.000 metros acima do nível do mar. A região que atravessamos subia em altura, à medida que seguíamos. O nome País de las Nubes vem dessa altitude elevada. Nessa região as nuvens ficam muitas vezes à nossa altura, e nós as atravessamos. Nessa viagem em direção ao sul do México, encontramos ampla região semi árida onde só víamos altos e fantásticos cactus: uma floresta deles. Fiquei em transe.

Esses encontros são organizados pelo poeta Emilio Fuego, ajudado por poetas espalhadas pelo mundo, entre as quais a poeta mexicana Lina Zeron. E pelo povo do estado em que vive: Oaxaca. No encontro do qual participei éramos 40 poetas, de várias nacionalidades e línguas. Apesar de estarmos no México, entre as poetas a língua na qual conseguíamos nos comunicar foi o Inglês. Embora meu portunhol tenha me ajudado com as poetas de língua espanhola. Com o povo não, me comunicava com a língua corporal e mímica universais. Líamos os poemas na língua materna de cada uma, e uma poeta de língua espanhola os lia para nós. Assim, ouvimos poemas em Danez (Dinamarca), Hebraico, Inglês, Mixteca, Português, além do Espanhol.

O objetivo de Emilio Fuego com esses encontros que se repetem a cada ano é levar a poesia para os pueblos de sua região natal, e onde ainda vive, a região chamada de Mixteca pelo povo mexicano, no estado de Oaxaca. Segundo Emilio e o depoimento das pessoas locais, esses encontros fazem toda a diferença, porque poesia não se ensina, mas contagia. Nos pueblos visitados pelas poetas as pessoas são sedentas de poesia. O México que visitei é um país de poetas anônimos, que poderão deixar de ser anônimos, devido à qualidade de sua poesia.

Frida Khalo, pintora mexicana, uma artista da qual estou próxima por meu interesse, curiosidade e vontade de aprender, nos mostra com seu trabalho e idéias a complexidade de seu país. Seu pai era alemão, sua mãe mexicana, descendente de índios. A pintora teve uma ama índia, que retrata em “Minha Ama e Eu”, ou “Eu Sugando”, (1937, óleo em metal, 30,5x34,7 cm, “Museu Dolores Olmedo Patiño”, Cidade do México). Frida Khalo era muito ligada ao pai, e com certeza, à tradição alemã-europeia. Frida, por exemplo, era marxista militante, embora não materialista. Para Frida o mundo era vivo, ela estava em contato com a Terra, o Sol, os seres vivos, fossem humanos, animais, plantas. A tradição autóctone lhe foi transmita mais fortemente por sua babá que pela mãe. Transmitida com o leite e contato corporal, a fala, e provavelmente cantigas e histórias em algum dos idiomas autóctones, o da ama. Quem sabe, a cultura Tehuana? Khalo em fotos e auto retratos aparece vestida no tradicional traje de uma dama Tehuana.

A exuberância dos quadros de Frida, na minha modesta percepção, não vem da Europa. Frida foi uma artista auto-didata, e o que em sua obra se assemelha ao surrealismo, penso eu, é uma explosão de sua sensibilidade, de sua ligação com a Terra, o Sol, o firmamento, que em sua pintura e diário ela trata como deuses. E, evidentemente de seu enorme talento pessoal.

A morte para o mexicano

Me intriga no México, o contato que o mexicano tem com a Morte. Morte, com letra maiúscula, personagem que aparece sob formas jocosas: andando de bicicleta, a cavalo, com máscaras sorridentes, saindo de flores ou de ovos parecidos aos nossos ovos de páscoa, casais de noivos, nua ou vestida variadamente. São objetos feitos de lata, pequenos ou grandes. Há também doces com o formato de ovos, com a (s) cara (s) da Morte. Os mexicanos que conheci usam tais objetos de lata para enfeitar suas árvores de natal.

No México fomos hospedadas por pessoas de diferentes classes sociais. Todos nos davam o que tinham de melhor. A viagem terminou em Oaxaca, cidade próspera e rica. Na casa de uma matriarca comi pela primeira vez, frango com molho de chocolate, um prato típico. Oaxaca, para meu encanto, foi um dos lugares em que Don Juan e Carlos Castaneda se encontravam.

Em um afresco de Diego Ravera, “Sonho na tarde de um verão”, (in Parque Alameda _ 1947-48) a Morte aparece vestida como dama requintada, entre uma multidão de pessoas, na qual encontram-se Frida e o próprio Diego, pintado como um menino. Diego foi marido e a grande paixão de Frida Khalo.

O dia dos mortos, 2 de Novembro, em finados, tem no México um significado diferente do que para nós, aqui no Brasil, quando comemoramos e lembramos os nossos mortos. No México, finados engloba os mortos familiares, mas os transcende, porque é um dia que se comemora principalmente a Morte, como uma existência, uma presença. É um dia de festa, comilanças, procissões de pessoas festivas, vestidas em suas melhores roupas.

Não é que não haja dor pela perda de pessoas queridas. A dor é humana, e está em todos os lugares. Mas no México, dia 2 de Novembro, a dor aparece barulhenta e festiva, gulosa de guloseimas, como doces e chocolate.

Na transmissão de Don Juan Matos, o mestre de Carlos Castaneda, cada um de nós nasce com sua própria morte. Segundo o cristianismo nascemos com nosso Anjo da Guarda. Pela sabedoria tolteca nascemos com nossa Morte, que fica ao nosso lado esquerdo e nunca nos toca, a não ser quando morremos. Mas para Carlos Castaneda, (para mim o Platão dos nossos tempos, enquanto Don Juan fica para mim como o Sócrates contemporâneo), a Morte pode e deve tornar-se nossa aliada. Para isso é necessário um trabalho de autoconhecimento que dura toda a vida. A Morte como aliada estará sempre nos lembrando que não somos eternos, e não temos muito tempo. Por isso, precisamos aproveitar nosso tempo de vida com todo nosso afinco. Quando a Morte se torna nossa aliada, antes de partirmos com ela, dançamos para ela a última dança.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Noite




Depois da maratona do dia preciso brincar um pouco.

Quem virá?



Quem escutou o chamado?

Vivi nesta quarta feira
um enxame de instantes

segunda-feira, 26 de abril de 2010



DIÁRIO de DOMINGO NA AVENIDA PAULISTA


Dois homens vestidos de mulher, um jovem caipira carregando uma trouxa, uma moça vestida de menina. Os quatro, uma trupe. Pela pressa, a caminho do trabalho. Invejavelmente na deles.
Uma noiva descalça pousava para fotos.
Um hipie velho que faz e vende colares fechava a banca e corria pra não perder o futebal.
Na feirinha do MASP amigos brindavam a vida com sorriso e champanhe.
Passeata contra a vivissecção parava o trânsito e os pedestres..
Uma senhora idosa art nouveau, enorme chapéu cor-de-rosa,
e sua jovem neta, calça jeans.
Casais os mais variados, jovens de skate, crianças, gêmeos, mulheres com turbante, indianos, chineses, turistas variados loiros e ruivos, nariz vermelho e bermudão.

Pequenas e abelhudas percepções.

domingo, 25 de abril de 2010

MUDANÇA


MEU NOVO ESPAÇO
A CABINE DE UM NAVIO
SINGRO O DIA
DENTRO E FORA DE CASA
FORA E DENTRO DE MIM

segunda-feira, 19 de abril de 2010

DICAS






Dicas de livros que li em 2010 e que gostei muito. Daqueles que fico triste quando acabo de ler:

"A elegância do Ouriço", Barberi Muriel.
"O filho eterno", Cristovâo Tezza.
"A chave da casa", Tatiana Salen Levy.

sábado, 17 de abril de 2010

Rei Guilherme, o Breve

Guilherme, dez anos agora em setembro (2009).

Me sentia o rei, dono de minha casa e dos bichos que por aqui vivem. Tem árvores em volta dela. Sabiás, bem-ti-vis, maritacas, papagaios, uma coruja branca e outra rajada, e os gaviões. Ah, e Chiquinha, cadela de uma raça Sul Africana, que Papai acha foi maltratada antes de vir pra nossa casa. Ela é carente, e tem medo de chuva, principalmente as de raio e trovão.

Como sei que Chiquinha é carente?

Desde bebê ela mostrava os dentes para qualquer pessoa de fora, até para minhas avós Eliane e Gisela, que ainda hoje falam com ela como se a cachorra fosse gente. Acho que fazia isso por medo de ser machucada. Minhas avós fizeram de tudo para conquistar a Chiquinha, e acho que agora as três são boas amigas... mas colocar a mão no bicho nenhuma das duas coloca, apesar de bem tratá-la.

O cuidado de minhas avós com as próprias mãos veio depois de Chiquinha dar-o-chega-pra-lá na Oma, marcando seu braço com os dentes. Só arranhou, mas Oma sentiu-se traída. Se fosse comigo eu também me sentiria. Olhei para vovó Eliane e vi nela um desconcerto. Desconcertar é quando a gente se sente desconjuntado, assim meio fora do lugar. Oficina pra concertar gente não tem, como pra concertar sapato e roupa.

Um dia Alicia, nossa vizinha andava pela rua com os netos João, Pedro e Antônio, que são menores que eu. Do lado de dentro do portão Chiquinha esgoelava pros quatro. Passeavam na rua, e nem iam entrar em casa. Fiquei curioso e vim ver que barulhão era esse que minha cadela fazia, e parei pra conversar. Alicia falou:

_ Chiquinha é muito brava?!

Respondi que não, não era braveza, era carente. Contei pra Alicia e pros meninos como imaginamos a história de infância de Chiquinha. Alicia, colega de vovó Eliane, as duas são terapeutas de gente, não de cachorro. Bem, ela e os netos ficaram me ouvindo. Alicia que sempre conversa muito dessa vez ficou calada, só me olhando. Depois vovó contou que ela ficou impressionada comigo e não com Chiquinha. Se entendi bem, Alicia me acha um filósofo.

Perguntei pro papa o que é filósofo, tive dúvida se era elogio ou xingação. Papa contou que filósofo é um homem que pensa. Pensar penso, será que sou filósofo? Ah, é coisa de gente grande, nem sei se quero ser filósofo, por enquanto gosto de surfar.

Mas do que tenho saudade é de quando eu era o rei de minha casa, e daquele quintal. Até pensava em mim como Rei Guilherme. Aí aconteceu.

Um casal de gaviões fez ninho no abacateiro e botou ovo. O gavião achava que era ao dono de tudo aquilo. Falei pro Papai: "Não é justo, você que paga o IPTU". "O gavião não sabe disso", Papai falou.

Os ovos foram o máximo. A gente podia ver do escritório da Mamãe. O gavião dava rasantes em todo mundo que passava perto do abacateiro. Aconteceu comigo e com todos nós. E comecei a duvidar de meu reizismo.

Pedi pro Papai expulsar o gavião, o que ele recusou, o IBAMA ia brigar. O bichome derrubou, me atirei de barriga ao chão, pra não ser atingido pelo rasante dele.

Zanguei-me deveras quando papa falou em comprar um capacete de motoqueiro pr´eu andar no jardim. Respondi:

_ Papai, está maluco? Aqui quem manda sou eu! Se o gavião quiser ele que use capacete!

_ Por que? Você dá rasante nele?

_ Claro que não, se nem voo!

Bem, Papai não comprou capacete nenhum, no lugar disso assistimos dia a dia os ovos chocados. E cada gaviõzinho deixar o ninho, crescer e poder voar.

Os gaviões não atacam mais. Sem as crias pra proteger estão calmos. Desistir do abacateiro não desistem. Outro dia quem quase pagou o pato foi um papagaio, xereta de abacate. Achei que o papagaio ia pro papo. O gavião voavae assentava num galho de cima, e a gaviôa assentava no galho de baixo. Caçavam juntos. O papagaio xereta pulava de galho em galho. Os gaviões cercavam o bicho verde e laranja, gritando feito um montão de maritacas. Teretecoteteco, barulheira de um bando, não um só. O papagaio fugiu. Barriga cheia de abacate os gaviões deixaram, não precisavam de carne de papagaio, que deve ser dura de roer.

Desisti de ser rei e não só daquele pedaço. Muito custoso ser rei. Se eu fosse rei odiaria gaviões. Agora sei que nem Chiquinha é minha. Ela acha que é a minha dona, de meus pais, da minha irmã e da nossa casa. Vai ver por isso deu o chega-pra-lá na Oma. Se bobear, Chiquinha acha que é dona até dos gaviões. Bicada não vai levar, odeia abacate.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CUIDADO COM O QUE DESEJA


Nina ganhou do pai o Angorá.
Chamou-o Reno, que sabia nome de rio.
O Rio Reno corre longe do agreste cerrado de Goiás, nos campos cultivados da Europa,
O Gato Reno, porém, passava seus dias com Nina.
Um gato engraçado, no grude com sua dona,
felino manhoso que seguia Nina, e abanava o rabo quando a avistava.

Um dia passeava com o Gato, no bosque de jatobás.
Nina apanha uma fava graúda no chão, acabada de cair do galho.
Gosta muito da fruta seca e áspera.
Abre a fava, com a ajuda de uma pedra.
Não era uma fava comum aquela, abrigava um gênio.
Aliás, o aprisionava.

O Gênio quase mata Nina de susto, aparecendo em alto estilo, provoca uma nuvem de poeira esverdeada. Ela precisou limpar-se do pó, batendo as mãos na roupa e no corpo, para enxergar aquele ser minúsculo, que em seguida lhe ordena, mais que pede:


_ Um desejo, menina, só um. E você me libertará.

A única testemunha do fato encantado, além de Nina, o Reno, macio e quente, enconstando nas pernas da dona e ronronando, como se nada acontecesse.
Em meio ao espanto Nina berra:

_ Quero o Reno comigo para sempre!

Desta vez, não foi uma nuvem de poeira, mas uma explosão de pó e faíscas verde musgo.
Nina cai sentada, tosse, espirra, e quando abre os olhos,
encontra em seus joelhos, um gato de porcelana igual ao Gato Reno.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

De mudanças e de diários

Estou mudando de casa.
Não mudei tanto assim em minha vida, mas cada mudança de casa é para mim também mudança de vida, outra etapa se inicia.
Mudanças são tempos de encontrar "coisas". E de perder muitas e muitas coisas. De se desfazer não apenas de objetos, mas de hábitos e formas de viver.

Nesta mudança encontrei diários, inclusive um de quando eu tinha 14/15/16 anos. No diário inocente, uma menina falava de fatos...
E de alguns acontecimentos. Relendo-o percebi que não tinha acesso, naquela idade, aos meus sentimentos como procuro hoje. Também percebi que era muito romântica e preocupada em conhecer o amor.

A diferença entre "fato" e "acontecimento"?
O fato é descritivo, direto. Por exemplo:
"Almocei da casa de vovó Lelé; encontrei com meus amigos, andei de bicicleta".

Um acontecimento não é direto, é filtrado por percepções, sentimentos, por paradoxos. Escrever esta crônica, por exemplo, gostaria que fosse da ordem do acontecimento. Esta crônica ou qualquer outro escrito.

Aconteceu comigo agora, nessa fase, de jogar fora e me desfazer de diários e mais diários. Me desfiz deles ou porque achei a linguagem confusa, ou porque eram "diretos" demais, factuais.

Do pequeno diário vermelho de couro que mencionei acima, no entanto, não me desfiz. Ainda. Ele é resvalado por acontecimentos, e tem histórias engraçadas. E tenho agora uma neta que tem a idade que eu tinha no tempo do diário. Resolvi que vou mostrá-lo a ela, que é muito curiosa de como eu era quando jovezinha. Isso transforma aquele diário em um acontecimento? Acredito que sim. Um encontro entre o passado e o presente, revelando uma jovem que hoje é avó.
Postado por Eliane Accioly às 17:10
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